sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Presente ausência

O silêncio da sua imagem esvaziou minhas horas. A monotonia da sua ausência inquietou meus dias. Começo a ter dificuldade em visualizar suas cenas. Sua graciosidade pelo tempo é esmorecida. Preciso ver-te antes que a lembrança seja nua de imagens, gestos e de suas pequenas manias.
Meus olhos se contentariam com uma aparição apenas, de relance, num átimo de instante, de preferência no meio do seu vasto riso, sem aviso, daqueles que só existem em ti: cessa na boca, continua nos olhos. Esses seus olhos que sorriem para os passantes e só não vê quem não quer ou é distraído. Que culpa tens, se teus olhos são sorridentes?
Eles sorriram pra mim e você nem sabe.

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