surgem
mágicas, verdes, brilhantes,
dá frutos
que caem aos meu pés.
Eu os colho,
e podo teus galhos.
Percebes?
Teu fruto suculento aduba
meu entorno,
teu excesso supre a minha falta,
te dou o
contorno do simples e,
de volta,
colori minha branca sacada.
Percebes? És
árvore frondosa
e eu,
possível gaivota, vôo, vôo
em busca de
cores e perfumes
que possam me apaziguar.
Percebes?
Meu pouso é incerto e
se possuo
chão, não é de concreto.
Se sou ave,
se sou flor, se sou gente
tua voz é
que vem apregoar.