quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Bosque

Percebes? Tu flori e floreia, tuas folhas
surgem mágicas, verdes, brilhantes,
dá frutos que caem aos meu pés.
Eu os colho, e podo teus galhos.

Percebes? Teu fruto suculento aduba
meu entorno, teu excesso supre a minha falta,
te dou o contorno do simples e,
de volta, colori minha branca sacada.

Percebes? És árvore frondosa
e eu, possível gaivota, vôo, vôo
em busca de cores e perfumes
que possam me apaziguar.

Percebes? Meu pouso é incerto e
se possuo chão, não é de concreto.
Se sou ave, se sou flor, se sou gente
tua voz é que vem apregoar.