segunda-feira, 28 de julho de 2014

inevitável

guardo essa cena: você no topo da escada
gente ao redor conversa e algazarra
você, só, no topo da escada 
olhava sorria nada dizia.
bem ali eu te escolhi:
pela quarta vez.

Era uma vez um cachorro

Tudo parecia calmo e silencioso...

Mas eis que surge o Ig.

Ig está sem freio. Uuuu! Desliza, dá com a pancinha no chão. Ele sorri e suas orelhinhas voam!

Cuidado com a câmera e com as paredes, Ig. "Sai da freeente! Me besa!", e vai à toda.

terça-feira, 22 de julho de 2014

o tempo tarde

o tempo é tarde
amanhece mas é tarde
o sol se estende, quente
o céu se anuncia, azul
não é meio do dia
mas é tarde
desde muito tempo,
eu era jovem,
já era tarde.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Distância

Não há verdade oculta alguma.
Não vê? É isto mesmo.
Plantas verdes na janela, a janela, o ar frio,
A mesma paisagem de 20 anos.
Os carros veiculam na rua, o movimento da máquina
Não há verdade, há engrenagem.
O homem que caminha, a criança que pula
Sem verdade ou mentira, só envergadura.

Os sentimentos por detrás de cada pensamento, e o sentimento irracional.
Não há verdade no sofrimento, no amor ou na suspensão destes.
Há pausas e continuidades,
Um jarro d’água lançado à parede
Se estatela molha quebra.
Depois seca.

Não há verdade nas palavras –
pensamentos em matéria.
Há desabafo e desejo,
A falta, que também é desejo.
Não há espaços vazios, só estão cheios daquilo
que não sabemos vemos cremos.