Por vezes
meus olhos abrem-se mais
e carrego o coração na beira.
A luz incide
no verdejar da árvore
o vento
venta e as pessoas ventam passando rápidas.
O sol alto escondido
O concreto
apara, a roda veicula
O dia clareia,
clareia, clareia.
Está tudo no
reflexo dos olhos.
O dia
clareia clareia clareia
clareia clareia clareia
Impedimento não há em lugar algum.
O coração na
ponta dos olhos,
é como estar
apaixonada – por tudo, pelos movimentos todos
Uma clareza
absoluta, inconsequente, louvável.
Tudo ficou
límpido de repente,
sigo um
impulso: escrevo.
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