segunda-feira, 31 de maio de 2010

Sua graça

A sua entrada
iluminou
todo esse lugar
Onde antes
Tudo era pálido
e sem graça
A sua graça
Trouxe beleza
Genuína
e encantadora
A morenice arrebatadora
que só sua
áurea de encanto
pode trazer.

Quase me esqueço
de cada traço
de cada trejeito
que ainda
Nem decorei.

Estranha mania
minha essa
a de colocar
sua pele de sol
Num pedestal.

Quase me esqueço
que de teu
Guardo apenas
poucas palavras
trocadas
E umas imagens
congeladas.

sábado, 22 de maio de 2010

-

Não tenho nada a dizer.

O vestígio de angústia
que ainda habita em mim
tem a voz baixa
Sem força suficiente
para se fazer entender.

Minha cabeça parece vazia –
eu sei, ela não está
Nem quer.

Mas os pensamentos
vêm
vão
sem o menor compromisso
de serem meus.
Chegam dando rasantes,
pousam,
ganham abrigo,
se vão.

As vezes voltam
Outras nem se fazem lembrar.
Mudam-se com desapego
Acho que não têm endereço fixo.

Alguns
são bons conselheiros,
Outros
não passam de companhias
indesejáveis.

Tem horas
que tudo que existe
sou eu.
O mundo lá fora,
eu espero,
toma conta de mim –
ou não,
sabe lá o destino.

Não percebo ninguém,
nada.
Sons passam distantes.
Eu passo distante.
Sorrio para o nada,
vidro os olhos em alguém –
nem reparo no que faço.

Alguém me reparou.
Eu não vi.

E o tempo voa,
não pensa em parar pra eu pensar
em paz.
O tempo vai embora
e não pensa em voltar
atrás.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Versinhos de um bobo

Eu gosto de andar
e olhar
pra você andando
e sorrindo
do meu lado.

Eu gosto de chegar lá
e ver
Seu sorriso farto e fácil
notando meu novo penteado.

Eu gosto de reparar
e ver
Que você leva a morenice
e o encanto
Lado a lado.

Eu gosto de dançar
os olhos em você
e vislumbrar
Em seus olhos
a inocência
quase sem nenhum
pecado.

Eu não gosto de pensar
E entender:
Mal te conheço
E já estou tão encantado.