sexta-feira, 24 de julho de 2009

Freguesa (Reeditado)

- Oi, tudo bem?
- Tudo indo, e você?
- Tudo bem. Na verdade não, não está tudo bem. Eu não queria dizer isso, sabe. Eu não queria desabafar justo agora, justo aqui, justo com você. Eu estou mal. Minha mãe não quer me deixar pisar fora de casa por causa da violência e não percebe que sua super proteção me enclausura. Meu pai colocou senha no computador e cancelou minha mesada, minha irmã se acha adulta e dona da razão, meu cachorro late quando passa uma formiga no corredor do prédio e de uma hora para outra minha família inteira parece querer saber se “já estou de namoradinho”. Minha melhor amiga me trocou por novos recentes amigos de infância. Estou numa crise existencial tão grande que as vezes nem me reconheço no espelho. Quero ir ao psicólogo mas tenho medo de descobrir que sou tão louca a ponto de não conseguir sair de lá.
- Nem sei o que te dizer...
- Tudo bem, to acostumada já.
- Vai querer alguma coisa?
- Só um guaraná.
- Paga no caixa, por favor.

domingo, 19 de julho de 2009

Nada mais

Nada mais foi igual ao que tinha sido antes. Nenhuma conversa foi tão aberta, nenhuma risada foi tão sincera, nenhum momento foi tão intenso. Mesmo assim, não imagina o quanto ainda me importo com você e sinto sua falta. Não faz idéia de como é chato não receber mais mensagens nem esperar ligações suas durante o dia. Talvez você já tenha arranjado novas companhias, talvez eu esteja tentando fazer isso também, mas é impossível não compará-las com você. E então minhas companhias se tornam tão sem graça que as vezes prefiro ficar sozinha, meu passatempo preferido se torna recordar e repassar velhos e tão pouco distantes momentos. É como se você tivesse o que faltasse em mim, e agora que está longe essas coisas voltaram a me faltar. Eu não quero me sentir assim e tento não lembrar de você, mas por mais que isso me deixe triste, me faz bem de alguma forma estranha que não sei bem como explicar. Se finjo não me importar, se não te procuro, é por esperar que você faça isso. É por achar que já fiz mais do que deveria.

sábado, 18 de julho de 2009

Ig, te amo!

"Seria possivel que um cachorro pudesse mostrar aos seres humanos o que realmente importava na vida? Eu acreditava que sim. Lealdade, coragem, devoção, simplicidade, alegria e também as coisas que não tinham importância. Um cão não precisa de carros modernos, palacetes ou roupas de grife. Símbolos de status não significam nada para ele. Um pedaço de madeira encontrado na praia serve. Um cão não julga os outros por sua cor, credo ou classe, mas por quem são por dentro. Um cão não se importa se você é rico ou pobre, educado ou analfabeto, inteligente ou burro. Se você lhe der seu coração, ele lhe dará o dele. É realmente muito simples, mas, mesmo assim, nós humanos, tão mais sábios e sofisticados, sempre tivemos problemas para descobrir o que realmente importa ou não."


Marley & Eu

terça-feira, 14 de julho de 2009

Recado

As vezes nao percebemos que aquilo que tanto condenamos no outro está presente em nós. Vamos ao texto:

Limpe o rosto, tire a maquiagem. Agora, molhe o cabelo para eu saber como ele é de verdade. Sabe as grifes de suas roupas? Esqueça-as, eu não me importo com o preço delas, vista algo simples. Quanto a seus sapatos, troque por chinelos, eles não eram tão bonitos mesmo.
Pare de se incomodar em ajeitar seu cabelo a cada segundo. Não tem ninguém te observando, mas se tiver, relaxa, ele não está tão diferente de dois segundos atrás.
Aquela mania chata de querer impressionar o mundo pode ficar esquecida. Aquela outra de menosprezar os outros para se valorizar, também. Deixe de lado as histórias mirabolantes e as mentiras, perca esse costume de contá-las. Não iluda, não engane, não dissimule. Seja de verdade.
Não "endeuse" seu ídolo, ele é tão humano quanto eu ou você. Pare de enxergar só os defeitos dos outros, pare de achar que só você possui qualidades.
Não seja tão hipocondríaco, pratique esportes, trate melhor seus pais, ame mais a natureza!
Não ultrapasse limites alheios, tenha boa conduta, não desvie seu caráter.
Ame, mas controle seus ciúmes.
Valorize quem realmente gosta de você, dê sem esperar receber em troca, não julgue tanto.
Se ponha no lugar do outro, reconheça seus erros. Estabeleça metas, sonhe e, o mais importante: seja feliz!