sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Clareza

Por vezes meus olhos abrem-se mais
 e carrego o coração na beira.
A luz incide no verdejar da árvore
o vento venta e as pessoas ventam passando rápidas.
O sol alto escondido
O concreto apara, a roda veicula
O dia clareia, clareia, clareia.
Está tudo no reflexo dos olhos.
O dia
clareia clareia clareia
Impedimento não há em lugar algum.
O coração na ponta dos olhos,
é como estar apaixonada – por tudo, pelos movimentos todos
Uma clareza absoluta, inconsequente, louvável.
Tudo ficou límpido de repente,
sigo um impulso: escrevo.