A dor cobriu
meu peito
mais que
tudo,
em meu peito
mudo,
dorme,
trêmulo,
um coração.
Insígnias de
manhãs dobram
no peitoril
da janela.
Numa outra,
branca franela
golpeia o
rosto sorridente duma criança.
A lutar, a
ter esperança,
caminhamos
ao lado dele.
Hoje acordei
mais cedo.
Ontem, pela
madrugada,
eu dormia quando despertei
distraída
me arregalei
olhos em
pesadelo.
Agora ele
dorme, branco.
Respira
trêmulo, brando.
Os outros
ressonam.
Eu, nada.
Nem ninguém.
Pela janela
esperançosa, o vento.
Pela reza,
que quer crer e não sabe como,
a voz da
solitária prece esbarra nas tantas outras que não,
que nunca se
anunciam.
Ele espera
por ela desde que nasceu, também nós e tudo que tem vida.
Mas ninguém
se acostuma.