quinta-feira, 25 de junho de 2015

poema de um dia de frio

que nem passarinhos
nós num dia de frio
acocoramo-nos em nosso poleiro
bem de pertinho.

teu rosto quentinho,
a cara colorida de um passarinho,
acolhe tão próximo
o meu.

é quarto dia de inverno.
todos os passarinhos avolumam suas penas.
vão e vem,
anônimos.

em banquinhos nos acomodamos
sob a copa de grande guarda-chuva.
teus braços, pescoço, bochechas me aquecem.
sua voz macia é canto baixinho
e me aquece também.

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