domingo, 23 de outubro de 2011
Dia claro
Um dia ela aprende que o corpo é todo coração, ela vê que o corpo é copo de cristal que guarda água. Um dia ela vê que é manteiga derretida. Um dia ela senta e chora, e pára para chorar, e se escuta música, chora, e se lê poesia, chora. Um dia, quem sabe um dia. Um dia ela aprende a lidar com os cabelos e deixa-os serem sem nó, e pára de amarrá-los sem dó. Um dia ela aprende que sorrir nem é obrigação e começa a rir mesmo à toa. Quem sabe um dia ela não saia por aí se sentindo livre? Um dia, quem sabe, iria ser bom.
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