sábado, 23 de março de 2013

Querena

Tudo o que sei está refletido nesses meus olhos entregues. Velejantes, meus olhos são banhados pelas tuas marés. Marejantes, são acariciados pela tua brisa. Não vês? Não veem? Meus olhos dizem tudo, entregues. Meus olhos seguem tua direção, vela-guia desses ventos insones. Entregues, meus olhos solitários vagueiam por um mar sem fim, à tua espreita. Mas não vês. Não veem. Melhor assim. Navegam solitários e secretos, os meus olhos, quase a salvos de tudo.

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